Sweet Marie - Campos Azuis - Marise Jalowitzki |
SWEET MARIE
(Marise Jalowitzki)
(Marise Jalowitzki)
Sussurravas Sweet Marie
Em nosso leito de flores azuis
As estrelas dançavam sua canção estrangeira
Voávamos docemente entre os sóis
E as luzes, ah! As luzes
Corriam em sopros de gostos estranhos
Tudo tão organizado!
Quanto sonho!
Ideais jovens tão antigos!
Casa de quimeras, sempre habitada
Nunca abandonada
Folhas despencam ainda hoje
Nos outonos invernais que assolam e recolhem
Ainda tenho as cobertas de flores azuis
Doces, leves, carinhosas
Que queimam desilusões
E aquecem ossos e pele.
Sem dores, nem saudades do que nunca houve
A alma delira em realidades surrealistas
Fiel ao cerne do desejo
Quanto mais vejo do que desconheço, menos quero
Quanto menos vejo, mais sei o que quero
Não posso voltar para minha casa
Pois sempre estive nela.
Da janela do passado olho o futuro
Sabendo que os bouganville continuam florindo
Enredando-se cada vez mais nos telhados, nas janelas, nas paredes
Florescendo, florescendo
Fazendo da cor das copas coloridas
Uma escada curva, onde, sem esforço ou cansaço
Deslizo ascendentemente
Até o chão plano que se chama horizonte.
Ponte dos planos, ponte dos amores
Eu os tenho todos os dias
E abraço-os a instantes
São-me caros, raros
Sei sair.
Quero muito
Consigo desprender-me
Sem entender nada do tudo que sei
Continuo com as mãos plenas de flores azuis
Ou serão rosa?
Talvez maravilha!
Ilha violeta
Alma entendimento
Sentimento de amor
E aceitação.
Obviamente acredito
Deixo o dito pelo dito
Bendito instante de realização.
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